quarta-feira, 21 de março de 2012

Exposição Universo Vintage

A abertura da Exposição "Universo Vintage" com obras dos meus amigos Carla Schwab e Eloir Junior ocorreu ontem (20/03).


Em suas obras de arte contemporânea observa-se elementos do universo vintage feminino. Carla Schwab utiliza arabescos, aguadas de cores unidos a costuras, recortes colados e vazados e tramas circulares sobre tecidos de garrafa PET.
Trabalho ao qual eu me identifico e também me inspiro.

















 
Já o trabalho naif de Eloir Junior é uma hormenagem ao universo feminino através de grandes mulheres do mundo da pintura, da música, do cinema, das lendas entre outras. Todas em forma de Babuszkas e Matryoszkas em algum momento trazem os ícones paranistas gralha-azul e pinhão. 

 








 
Esta é a minha predileta. A elegantérrima e eterna Jacqueline Kennedy Onassis.


A instalação foi uma surpresa.


E, para finalizar registramos o momento com os artistas e colegas pintores.



A exposição ficará até maio no Espaço do SESC dentro do Shopping Jardim das Américas.

Vale a pena conferir!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pinheiros



Ontem (18/03) eu estive no lançamento da reedição ampliada do livro "Pinheiros" na Galeria de Arte Solar do Rosário para prestigiar o trabalho de meus amigos Carla Schwab e Eloir Junior.






Oportunidade também de apreciar as esculturas do artista Vidal e as obras de outros artistas que constam no livro.




Parabéns a todos os artistas que fazem do Pinheiro do Paraná o seu icone.

sábado, 17 de março de 2012

Parceria

A parceria com "Amo Caixas" continua. Foram produzidos mais dois modelos. E as encomendas estão chegando...







Quem tiver interesse entre no site www.amocaixas.com.br e encomende a sua.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Considerações Finais

E, para finalizar...

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS



O mundo contemporâneo remete a certa conturbação, stress, correria, individualismo e frieza. Em contraponto utiliza-se visualmente um elemento decorativo geométrico no intuito de amenizar esses impactos, uma vez que, linhas e superfícies curvas sugerem circulação, flexibilidade, fluidez, ondulação.

A cultura islâmica valoriza a arquitetura, as artes aplicadas e possui uma tendência para a geometria. O gosto pela exuberância é perceptível na variedade de materiais, na ornamentação e na policromia. O arabesco surgiu e foi disseminado por esta cultura. Elemento de forma geométrica, sinuosa e entrelaçada que dá um sentido de infinito. O arabesco foi empregado em azulejos e disseminado a outras culturas, como a européia, por exemplo.

Apesar de não terem sido os portugueses que inventaram o azulejo eles souberam utilizá-lo muito bem. Aprimoraram este revestimento muito útil à decoração de ambientes. Devido à colonização portuguesa, o Brasil soube também aproveitar a inserção deste elemento incrementando até mesmo a fachada das residências.

Mas, um brasileiro que soube aproveitar o emprego do azulejo foi Athos Bulcão. Artista plástico que por um convite de Oscar Niemeyer fez uma cidade de Brasília mais alegre e porque não divertida. O que mais chama a atenção é a despreocupação em que ele tem ao colocar o azulejo projetado para que o operário os aplique na parede ou painel de forma aleatória não se preocupando se a matriz criada será obedecida. Com isso, possibilita a criação de novas formas.

Referindo-se à forma, Beatriz Milhazes faz uma sobreposição delas além, de acrescentar muitas cores. Um ícone em destaque nas suas obras são os arabescos que se proliferam.  O trabalho da artista possui movimento, sinuosidade, e pode causar até certa euforia no espectador. Parece ser impossível olhar uma vez só.

Ao fundamentar a proposta de trabalho em artistas mencionados no decorrer do trabalho, percebem-se semelhanças temáticas, técnicas e ainda iconográficas incentivando a buscar novas possibilidades.

E como nova possibilidade a alteração do suporte, de tela para azulejo, foi um desafio e ao mesmo tempo foi constatado que é possível migrar sem perder a essência e as características próprias.

O processo criativo trouxe bastante contentamento, sobretudo com relação às matrizes realizados até se chegar a proposta final. E ainda, na possibilidade que ele traz ao fazer o espectador experimentar. O espectador deste estudo é o operário do trabalho de Athos Bulcão se é possível fazer algum comparativo. Ou seja, não existe um formato correto, contudo, existirá o formato do experimentador. Mas, há um diálogo entre a obra e o espectador lembrando Helio Oiticica com os seus parangolés.

A sociedade muda, está em constante transformação e a maneira de ver o azulejo e os arabescos também, demonstrando uma gama de possibilidades que poderão ser desenvolvidas a partir deste estudo. A Contemporaneidade possibilita experimentar.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Atividade Prática - Processo Criativo

6 ATIVIDADE PRÁTICA



            Para a conclusão da referida pesquisa houve a necessidade de desenvolver uma atividade prática, descrita conforme o processo criativo, bem como, resultado.



6.1 Processo Criativo



O trabalho prático inicial tinha a utilização do azulejo (do banheiro da autora) como suporte. Seria a aplicação de arabescos além de outras formas orgânicas inspirados em Beatriz Milhazes formando um painel.

Com a realização da pesquisa conheceu-se o trabalho de Athos Bulcão o qual foi bastante inspirador e desafiador. A ideia então passou à realização de uma matriz em diversos azulejos deixando livre para o experimentador (pessoa que manuseará os azulejos) fazer a formação que melhor desejar. Nesse sentido, faz-se referência ao parangolé de Helio Oiticica e a escultura o bicho de Lygia Clark, estudadas no decorrer do curso são obras cujo sentido se apresentará se as mesmas forem manuseadas.

A partir disso, foi feito um estudo em papel A4 com quadrados de 10x10cm obtendo duas formações. A primeira, com apenas nove azulejos que na montagem pareceu facilitar bastante o trabalho de criação do espectador, tornando-o quase que óbvio, visto que, uma figura seria a principal e esta faria a ligação entre o restante formando uma imagem principal. A segunda formação com dezesseis azulejos traria mais complexidade devido à formação quadrada (de 16 azulejos 10x10) cujo centro não se resumiria a somente um azulejo.



Imagem 40 – Formação com 9 e 16 azulejos

Fonte: autora


A ideia aqui também era tornar a experiência do espectador um pouco mais desafiadora deixando a obviedade de lado.

Para que os ícones fossem definidos foi necessária a realização de uma pesquisa de imagens. Isto só foi possível através de diversos livros de padrões decorativos árabes, da pérsia, tais como, Persian Designs, Turkish Designs, Victorian Floral Designs, 361 Full-Color Allover Patterns e Full-Color Picture Sourcebook of Historic Ornament, conforme imagens a seguir:



Imagem 41 – Modelos de símbolos e estampas



















Fonte: autora



Antes de se chegar ao azulejo propriamente dito, vários esboços, ou seja, pequenos projetos foram feitos em papel. Porém, os que estão abaixo na imagem 42 não foram selecionados.


Imagem 42 - Esboços

Fonte: autora

De acordo com os azulejos disponíveis na loja especializada neste tipo de produto buscou-se por cores contrastantes. Desta maneira, foram adquiridos azulejos nas cores branca, azul e amarela em tamanho 10x10cm, facilitando o trabalho da autora uma vez que os “estudos” também foram realizados em papel 10x10cm.
A cor branca seria imprescindível, uma vez que, Athos Bulcão sempre tinha esta cor como referência.

Imagem 43 – Azulejo branco, amarelo e azul
Fonte: autora


Quatro foram os estudos selecionados, conforme imagem 44, sendo que, a maioria teve variação na cor do azulejo (amarelo ou azul) com tinta branca e vice-versa, variação na cor da tinta (amarela ou azul) sendo o azulejo branco.


Imagem 44 – Esboços selecionados


Fonte: autora


Os azulejos foram organizados conforme a Imagem 45. A impressão é que não se tem lógica, mas, ela existe. Se os mesmos quadros forem repetidas vezes como que colocados em um mural haverá uma conexão entre eles.



Imagem 45 – Sequencia de azulejos


Fonte: autora


O trabalho já estaria pronto se arabescos e círculos não fossem utilizados e ficássemos somente na ideia de apresentar azulejo liso sem desenho, a exemplo de Athos Bulcão no painel em preto e branco da Fundação Getúlio Vargas.
Contudo, o objetivo deste trabalho não seria atingido uma vez que se propôs a organização de um painel em azulejo inspirado em Beatriz Milhazes.
Portanto, os azulejos foram pintados da seguinte maneira, de acordo com as imagens abaixo:

Imagem 46 - Arabescos
























































Fonte: autora


A montagem seguiu o padrão apresentado no livro Full-Color Picture Sourcebook of Historic Ornament, p.46, conforme detalhado na imagem 47.

Imagem 47 – Modelo de inspiração




















Fonte: autora


6.2 Resultado



            E, como resultado apresenta-se a imagem 48.



Imagem 48 – Painel de azulejos



Fonte: autora


Todavia, a proposta é de uma obra interativa em que cada experimentador faça a sua própria interferência, como melhor desejar. Ou seja, interprete à sua maneira.